A História do Plástico
O plástico tornou-se onipresente na sociedade moderna, sendo usado em tudo, desde garrafas de água e embalagens de alimentos até roupas, eletrônicos e muito mais. No entanto, o plástico é uma invenção relativamente nova, tendo a sua ampla adoção e incorporação em produtos de uso diário ocorrido apenas ao longo do último século.
Na década de 1860, os cientistas começaram a fazer experiências com substâncias conhecidas como fenóis e aldeídos. Através de um processo chamado polimerização, estes produtos químicos poderiam ser ligados entre si em longas cadeias, criando novos materiais com propriedades inovadoras.
Um dos primeiros polímeros sintéticos de sucesso comercial foi o Parkesine, patenteado na Inglaterra em 1856. Feito de celulose tratada com ácido nítrico, o Parkesine representou uma das primeiras formas de plástico que podia ser moldado quando aquecido.
John Wesley Hyatt inventou o primeiro polímero sintético em 1869, impulsionado por um incentivo $10.000 oferecido por uma empresa de Nova Iorque que procurava um substituto para o marfim. A crescente procura de bolas de bilhar levou ao esgotamento do marfim natural, que era obtido através da caça de elefantes selvagens. A Hyatt descobriu o plástico ao processar celulose retirada da fibra de algodão com cânfora. Este plástico podia ser moldado em vários formatos e imitava materiais naturais como carapaça de tartaruga, chifre, linho e marfim.
Em 1893, Auguste Trillat, um químico francês, fez uma descoberta inovadora. Ele descobriu uma maneira de tornar a caseína, que é uma proteína do leite, insolúvel. Isso foi feito por imersão em formaldeído, levando à criação de um material que mais tarde foi comercializado como Galalith.
Nas décadas seguintes, outros pioneiros do plástico como Leo Baekeland começaram a desenvolver novos tipos de plásticos utilizando técnicas de polimerização semelhantes. Foi a invenção da baquelite por Baekeland em 1907 que marcou um grande ponto de viragem. A baquelite era de produção barata e podia ser facilmente moldada em uma ampla variedade de objetos. Ao contrário do celulóide, as suas propriedades de isolamento térmico e eléctrico também o tornaram adequado para aplicações industriais. O desenvolvimento da baquelite abriu as comportas para novas inovações no plástico no século XX. Foi o início de uma nova era definida pela nossa crescente dependência de polímeros sintéticos em quase todos os aspectos da vida.
Da Celulose aos Polímeros Avançados
Como falamos antes, em meados do século XIX, o desenvolvimento dos plásticos começou com materiais como Parkesina, derivado da celulose, que marcou o advento dos polímeros semissintéticos. No entanto, o primeiro polímero totalmente sintético a fazer a sua estreia foi Baquelite no início do século 20, reverenciado por suas propriedades de não inflamabilidade e resistência ao calor.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, os avanços na tecnologia de engenharia química estimularam a rápida expansão de novos tipos de plástico. Esta época marcou o surgimento dos cinco principais tipos de plástico que conhecemos hoje. Isso abriu caminho para uma infinidade de polímeros avançados, incluindo:
- Nylon é conhecido por sua resistência e é utilizado em produtos que vão desde meias até cerdas de escovas de dente.
- Em 1927, PVC (cloreto de polivinila) foi produzido comercialmente.
- Em 1930, a BASF iniciou a produção de PS (poliestireno), que é frequentemente visto em embalagens e sacos plásticos devido à sua flexibilidade.
- O ano de 1933 viu a produção de HDPE (polietileno) pela Imperial Chemical Industries. Oferece resistência ao desgaste e é utilizado em contêineres e peças automotivas.
- PET (tereftalato de polietileno) foi licenciado pela DuPont em 1941 após sua descoberta pelos funcionários da Calico Printers' Association.
- A fabricação comercial de PP (polipropileno) foi iniciado em 1957.
- Poliéster é usado em têxteis e fibra de vidro.
- Kevlar® é conhecido por seu uso em coletes à prova de balas.
- Teflon™ (politetrafluoroetileno), conhecido por suas propriedades antiaderentes em utensílios de cozinha.
Tipos e Desenvolvimento de Plásticos
Termoplásticos versus termofixos
Os materiais plásticos geralmente podem ser classificados em duas categorias: termoplásticos e termofixos. Termoplásticos, como polietileno, polipropileno e poliestireno, podem ser derretidos e solidificados múltiplas vezes sem degradação significativa de suas propriedades. Isso os torna ideais para reciclagem. Por outro lado, plásticos termofixos, como poliéster, sofrem uma alteração química quando são aquecidos e solidificados, o que os torna difíceis de remodelar e reciclar.
Veja como eles contrastam:
Propriedades | Termoplásticos | Termofixos |
---|---|---|
Reutilização | Pode ser remodelado e reciclado | Não pode ser fundido novamente ou reciclado |
Resistência ao calor | Tende a amolecer com o calor | Mantém a forma em altas temperaturas |
Usos típicos | Embalagens, garrafas, brinquedos | Isolamento, adesivos, caixas de eletrodomésticos |
Bioplásticos e inovações ambientais
Na sua busca por alternativas ecológicas, você também poderá encontrar plásticos biodegradáveis. Esses plásticos são projetados para se decomporem em componentes inofensivos quando expostos a microorganismos como bactérias ou fungos. Ao explorar o potencial dos bioplásticos e dos plásticos biodegradáveis, os investigadores esperam criar um futuro mais sustentável para os plásticos e mais ecológico.
O capítulo mais recente no desenvolvimento do plástico aborda questões ambientais. Bioplásticos são derivados de fontes renováveis de biomassa, como gorduras vegetais, amido de milho ou palha. Muitas vezes oferecem a mesma funcionalidade que os plásticos convencionais, mas têm a vantagem adicional de serem biodegradáveis ou compostáveis sob certas condições. As inovações neste espaço incluem:
- Plásticos biodegradáveis: Eles são projetados para se decomporem no meio ambiente mais rapidamente do que os plásticos tradicionais.
- Polímeros sintéticos: Alguns podem ser projetados para serem biodegradáveis, enquanto outros são desenvolvidos por sua resistência ou flexibilidade superiores.
Produção e Aplicações de Plástico
Ao explorar o mundo dos plásticos, você descobrirá que seus processos de produção estão profundamente interligados com a indústria petroquímica e que suas aplicações abrangem desde itens comuns, como sacolas plásticas, até usos mais específicos em tecnologia e inovação.
Processos de Produção Industrial
Você deve ter notado como os produtos feitos de plástico estão praticamente em toda parte na sua vida diária. Desde sacolas plásticas que você usa para fazer compras até móveis e brinquedos, o plástico se tornou um produto básico na fabricação de diversos produtos. Isso ocorre porque o plástico possui propriedades únicas, como baixa densidade, baixa condutividade elétrica, transparência e resistência, o que permite que ele seja transformado em uma ampla variedade de produtos.
Plásticos iniciar sua jornada no indústria petroquímica, derivado principalmente de combustíveis fósseis como o petróleo. O processo envolve craqueamento e destilação em fábricas de produtos químicos, onde as matérias-primas são transformadas em resinas – os blocos de construção do plástico. A partir daqui, essas resinas são moldadas e moldadas através de vários métodos:
- Moldagem por injeção: Ideal para produzir grandes volumes dos mesmos produtos plásticos, como brinquedos e pentes.
- Moldagem por sopro: Comumente usado para fazer garrafas.
- Extrusão: Facilita a produção de tubos, fios e sacolas plásticas.
Plásticos em Tecnologia e Inovação
A versatilidade do plástico não se limita aos produtos de uso diário. Na verdade, também desempenha um papel significativo na tecnologia e na inovação. Por exemplo, computadores e smartphones dependem de componentes plásticos para proteção e isolamento.
É encontrado em:
- Eletrônicos: Isolamento para fios e caixas para seus gadgets.
- Campo médico: Seringas descartáveis e embalagens estéreis.
Impacto no Meio Ambiente e na Gestão de Resíduos
Desafios da poluição plástica
A durabilidade dos plásticos torna-os incrivelmente úteis, mas também contribui para grandes problemas ambientais quando estes materiais acabam como poluição plástica.
A poluição plástica pode contaminar a terra, a água e os ecossistemas à medida que se decompõe em partículas cada vez menores, conhecidas como microplásticos.
Nos oceanos, os resíduos plásticos ameaçam a vida selvagem marinha, com os animais confundindo-os com comida ou ficando enredados nele. Em terra, o plástico pode lixiviar produtos químicos para o solo, levando a uma potencial contaminação e a efeitos adversos nos ecossistemas.
Os resíduos plásticos também podem se acumular em aterros sanitários, demorando muito para se decompor devido à sua durabilidade. Quando não geridos adequadamente, os sacos de plástico e outros itens descartados podem bloquear cursos de água e entupir esgotos, levando potencialmente à propagação de doenças como a malária, ao fornecerem criadouros para mosquitos.
Reciclagem e redução de resíduos plásticos
Para cada pedaço de plástico já fabricado, é provável que ainda existam restos devido à sua longevidade. Mas você pode fazer a diferença reciclando e reduzindo os resíduos plásticos. Os processos de reciclagem de plástico podem converter resíduos em novos materiais, ajudando a reduzir a procura de novos plásticos, a poupar energia e a diminuir a quantidade que acaba em aterros ou como microplásticos em ambientes naturais.
Apesar de apenas cerca de 9% de resíduos plásticos serem reciclados com sucesso, a reciclagem continua a ser uma estratégia útil para gerir os resíduos plásticos e reduzir o seu impacto no ambiente. Aqui estão algumas maneiras pelas quais você pode ajudar:
- Reduzir: Tente minimizar o consumo de plásticos descartáveis usando sacolas, garrafas e recipientes reutilizáveis.
- Reuso: Reutilize itens de plástico para outros usos antes de descartá-los.
- Reciclar: Separe seus resíduos plásticos de acordo com as diretrizes locais, garantindo que eles vão para a lixeira de reciclagem apropriada.
Explorar alternativas aos aterros sanitários e aos métodos tradicionais de eliminação de plástico é fundamental para resolver o problema da poluição plástica. Desde plásticos biodegradáveis até esquemas inovadores de transformação de resíduos em energia, abordagens alternativas apresentam oportunidades para uma eliminação mais limpa.
Regulamentos, Padrões e o Futuro do Plástico
Iniciativas e Acordos Globais
Uma reunião notável, a Assembleia das Nações Unidas para o Ambiente (UNEA 5.2), realizada em Fevereiro-Março de 2022, reuniu as nações para abordar esta questão premente. Durante este evento, os Estados Unidos comprometeram-se a tomar medidas a nível nacional e internacional para combater a poluição plástica.
Também vale a pena mencionar que até 2018, 127 países implementaram regulamentações para o uso de sacolas plásticas, algumas visando também o processo de produção. Você pode estar curioso sobre o tratado global estão sendo negociados para aliviar o fardo dos resíduos plásticos em nosso meio ambiente.
Inovação na produção e utilização de plástico
Compreender o futuro dos plásticos também envolve olhar para inovações na produção e utilização de plásticos. Um desenvolvimento promissor é a reciclagem de matérias-primas, que envolve a conversão de resíduos plásticos no seu formato original. recursos naturais. Pirólise, por exemplo, utiliza calor para decompor resíduos plásticos em produtos químicos e combustíveis valiosos.
Além disso, várias normas ISO centram-se especificamente no ciclo de vida do plástico e no seu impacto no ambiente. Esses padrões cobrem áreas essenciais como avaliação de fim de vida, rotulagem, reciclagem, compostagem e muito mais.
perguntas frequentes
Quais são os dois principais tipos de plástico?
Os plásticos podem ser categorizados principalmente em dois tipos: termoplásticos e polímeros termoendurecíveis. Os termoplásticos, como o polietileno e o polipropileno, são materiais que podem ser derretidos e remodelados repetidamente. Por outro lado, polímeros termoendurecíveis como baquelite e vulcanita, uma vez aquecidos e formados, não podem ser fundidos e remodelados novamente.
Qual é considerada a primeira invenção do plástico?
A primeira invenção do plástico sintético é creditada a Alexander Parkes, que desenvolveu um material chamado Parkesine em 1862. A Parkesine era feita de celulose tratada com ácido nítrico e um solvente. Esta invenção lançou as bases para o desenvolvimento dos plásticos.
Quando os plásticos começaram a ser usados comercialmente?
A utilização comercial de plásticos começou no início do século XX, sendo a baquelite o primeiro plástico totalmente sintético a ser colocado no mercado em 1907. As suas propriedades resistentes ao calor tornaram-na popular para uma vasta gama de aplicações, incluindo isoladores eléctricos e utensílios domésticos.
Qual é a história do plástico?
A história do plástico começou com materiais naturais que apresentavam propriedades plásticas, como borracha e celulose. Em 1862, foi inventado o Parkesine, o primeiro plástico feito pelo homem. A baquelite, criada em 1907 por Leo Baekeland, marcou o nascimento da moderna indústria do plástico. Após a Segunda Guerra Mundial, a expansão da tecnologia química levou a um rápido aumento de novos tipos de plásticos, alimentando o crescimento da indústria global de plásticos.
Quais são alguns usos comuns do plástico?
O plástico é usado em praticamente todos os aspectos da vida moderna devido à sua adaptabilidade. Os usos comuns incluem materiais de embalagem, recipientes, móveis, brinquedos, dispositivos médicos e eletrônicos. Sua natureza leve e durável o torna ideal para essas aplicações.
Quem acidentalmente inventou o plástico e como isso aconteceu?
O plástico não foi inventado acidentalmente, mas sim o resultado de uma pesquisa científica deliberada. Leo Baekeland, o químico belga-americano, criou o primeiro plástico totalmente sintético, a baquelite, na busca por um material isolante. Foi através de seus experimentos controlados para encontrar um substituto sintético para a goma-laca que a baquelite foi inventada.